quinta-feira, 30 de outubro de 2008

VAMOS FALAR DO FUNK CARIOCA!

ALGUNS GOSTAM, ALGUNS NÃO. O CASO É QUE NÃO PODEMOS NEGAR QUE O FUNK JÁ VIROU MOVIMENTO.
O mundo funk foi melhor descoberto pela sociedade brasileira a partir do dia 18 de outubro de 1992, quando em um dia de domingo ensolarado, um grande 'arrastão' incomodou o lazer dos que estavam na praia e colocou em alerta a população do Rio de Janeiro. Essas imagens foram veiculadas no mundo inteiro, mostrando a cultura funk como exaltação da violência e do caos urbano e trazendo à tona uma manifestação que muito faz parte do cotidiano de uma camada significativa da população, principalmente dos mais pobres. A presença do funk na vida de alguns jovens é tão marcante que eles chegam a trazer experiências vividas em bailes para suas vidas cotidianas, retratando a sua força simbólica e seu significado de protesto, mesmo que desorganizado. Na verdade, o funk é um descendente do gospel, a música que os negros cantam nas igrejas batistas dos Estados Unidos da América. O funk apareceu por causa do enfraquecimento do Soul. O termo funk surgiu do interior do soul, significa algo agressivo. Devido à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente considerada indecente. No Brasil, o funk surgiu no Rio de Janeiro, no começo dos anos 70 em festas realizadas em uma das principais casas de shows do Rio conhecida como 'Canecão'. O interessante é que o povo que freqüentava, estava muito mais preocupados na forma de se vestir e hábitos.
Já nesse período, os bailes da periferia começavam a atrair multidões. Disseminados para os clubes da Zona Norte da cidade, zona mais pobre da cidade, tiveram uma grande aceitação dos jovens, que iam “curtir um baile” no final de semana. O funk, há décadas é apelidado de "bate-estaca" pela pessoas que consideravam o cúmulo da pobreza musical.
O surgimento do funk, desde o seu início, foi marcado por uma forma de contestação, até mesmo agressiva. Provavelmente o movimento tem raízes fortes como resistência à marginalização da sociedade capitalista e racista; ao processo de exclusão do mercado de trabalho que impossibilitava os jovens de ter completo acesso aos direitos de comprar, consumir e oferecer sua força de trabalho.
E é com este posicionamento agressivo, como a ponta de um iceberg, que a festa funk demonstra a representação de processos simbólicos que organizam a vida social nas favelas, de onde a grande maioria dos funkeiros são oriundos.
Contemporaneamente, podemos observar como a cultura espontaneamente produzida pelos indivíduos vem sendo utilizada como um meio para o alcance de objetivos de determinados segmentos de nossa sociedade.
O Movimento Funk, enquanto expressão cultural, se encaixa neste raciocínio, sendo hoje alvo garantido dos veículos da comercialização.
No entanto, mesmo a despeito da atuação da indústria cultural, ainda é possível encontramos em algumas comunidades do Rio de Janeiro uma prática 'funkeira' que busca manter as tradições de originalidade do movimento, estabelecendo o que poderíamos considerar uma cultura de resistência.
ESCOLHEMOS ESSA MÚSICA, PORQUE TEM UMA LETRA MUITO ENGRAÇADA E QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊNCIA... RSRSRSRSRSRS...
MC KATIA - VC VAI FICA SOZINHO